"Revolta e tristeza" dos profissionais do centro de saúde de Gavião por julgamento na praça pública

 


Na recente Assembleia Municipal, deputada Ana Luísa Marques Carias, também enfermeira-chefe no centro de saúde de Gavião, fez questão de falar a propósito de uma notícia aqui publicada sobre o estado da saúde no concelho, reportando-se, pelo que percebemos, sobretudo aos comentários feitos. Note-se que essa foi uma notícia fundada no que lemos numa ata de janeiro da reunião de Câmara. A deputada falou também da moção apresentada pelo vice-presidente da Câmara, António Severino na última reunião camarária.

A eleita do Partido Socialista disse "não poder deixar de concordar" com uma moção na qual se diz que a Câmara irá bater a todas as portas possíveis até conseguir a contratação de um médico permanente.

"Mas não posso deixar isto que surgiu após uma notícia: os profissionais do centro de saúde estão a ser julgados nas redes sociais de forma injusta", afirmou Ana Luísa Jeremias. Situação que a deixa "triste" pois "temos bons profissionais de saúde que até foram muito elogiados durante a pandemia".


A onda de críticas, confessa, está a gerar "revolta e tristeza" entre os profissionais de saúde.

Martina de Jesus, presidente da junta de freguesia de Belver, disse entender o que sentem os profissionais do centro de saúde e deixou-lhes "uma palavra de solidariedade", acrescentando: "Se nada fizermos, não conseguiremos cuidar da nossa população".

Também Germano Porfírio, presidente da União das Freguesias de Gavião e Atalaia, dirigiu "um abraço de solidariedade" para os profissionais de saúde e disse estar solidário com a moção aprovada por unanimidade pelo executivo da Câmara Municipal de Gavião, aconselhando neste momento "preseverança e inteligência" na resolução do processo.