Não há aqui paliativos ou analgésicos possíveis.
O vice presidente da Câmara Municipal de Gavião assumiu, na mais recente reunião de Câmara, um "contexto caótico" no que diz respeito à situação da assistência médica no concelho.
"Colocamo-nos ao lado dos utentes e dos funcionários do centro de saúde nesta realidade desumana", disse António Severino.
A situação é "insustentável para a população" agora que a médica contratada já se foi para outras paragens, restando ao serviço um médico reformado, o dr. Cabaço, que apenas faz 35 horas semanais de serviço e dois médicos tarefeiros que também estão prestes a dizer adeus. Estes médicos são contratados por uma empresa de prestação de serviços que também está a ficar sem recursos humanos para dar resposta a Gavião.
Neste momento assume-se que já está comprometida a assistência a crianças e diabéticos e não é por isso que a afluência aos serviços de saúde em Gavião tem diminuído: regista-se uma média de 90 utentes em urgência por semana. As extensões de saúde, por seu lado, deixaram de disponibilizar consultas.
A Câmara de Gavião promete envidar todos os esforços para conseguir superar este problema e vai pedir uma audiência no Ministério da Saúde, tendo já informado os deputados eleitos pelo distrito de Portalegre. A CIIMA, entidade intermunicipal do Alto Alentejo, também está envolvida pois não é só em Gavião que a saúde está super deficitária, até o centro de saúde de Ponte de Sor começa a dar sinais de colapso.
Uma das soluções apontadas pelo atual administrador da Unidade de Saúde Local do Alto Alentejo passa por consultas por tele assistência mas José Pio não entende que seja a melhor solução.
Os vereadores da oposição, Rui Vieira e Vítor Filipe, reafirmaram a preocupação do executivo.
Para além do SNS, a resposta em saúde em Gavião tecnicamente é zero pois o concelho não tem uma clínica dentária, um só laboratório, médico de clínica geral e serviços de fisioterapia - o melhor que tem são duas óticas!