A ponte entre Gavião e Belver completa este ano 120 anos de bons serviços, fazendo crer nesta inscrição epigráfica, embora se aponte como 1907 o ano da sua inauguração.
Esta foi uma ponte desejada durante muitos tempo e que se fez sobretudo graças ao trabalho político do conselheiro José Caetano Rebelo, pai de José Adriano Pequito Rebelo. Um processo que se desenvolveu com alguma turbulência pois não fazia sentido já ter o comboio do outro lado do rio e não contar com um acesso por ponte para o lado de Gavião, numa altura em que a travessia do Tejo se fazia por barcas, do Alamal ao Batel e também para jusante e montante destes pontos. Note-se que no início do século XX ainda faltavam algumas décadas para a construção da barragem de Belver.
Esta ponte foi alargada e melhorada pela Infraestruturas de Portugal ainda no primeiro mandato de José Pio mas o atual presidente da Câmara nunca faz questão de incluir a obra no rol das suas realizações. Faço-o eu mas acrescentando que está obra foi conseguida e lançada no último mandato de Jorge Martins. Certamente estão recordados como estava esta ponte do estilo da de Entre os Rios antes da última obra.
Temos tendência a de tudo reclamar e a esquecer a importância do que vai sendo feito. No caso desta travessia do Tejo, uma obra relevante e que nos permite hoje atravessar o Tejo em segurança, num dos acessos a uma A 23 agora sem portagens.
Foto de JAIME MARTINSUma ponte que, diga-se ainda, à noite está sempre iluminada, com a energia a ser custeada precisamente pela Câmara Municipal de Gavião.
Já agora, uma sugestão para que se pondere dar a esta ponte o nome do conselheiro Rebelo, o seu mentor. Já sei que logo estarão aí as habituais vozes que julgam que a história de Portugal só começou no dia 25 de abril de 1975...