Os nossos leitores são extraordinários e os seus contributos continuam a fazer a história deste blogue e da Comenda/Castelo Cernado. Já lá chegaremos.
Antes, aqui apresentamos um balcão que muitos comendenses conheceram, na rua Dr. Freitas Martins: o da Taberna do Ti Albino.
As mãos mágicas da Ana Basílio passaram por ele, o pó acumulado foi à vida e o balcão, sem qualquer pintura extra, ficou assim.
Era nesta taberna que se ouvia rádio e via televisão, normalmente na esplanada das traseiras, sob uma latada que ainda hoje existe. Esta foi uma das tabernas emblemáticas da Comenda, que guarda ainda muitas histórias para contar.
António Mendes Monteiro de Matos é filho do Ti Albino e também seguiu os passos do pai. Também ele teve estabelecimentos do género, como aconteceu quando foi dono do Café Marginal, hoje Café Choupinho. António Matos foi também dono do Texas Bar, na rua Delfina Pequito Rebelo, de que aqui já falámos.
Do acervo documental de Duarte Nuno Tapadas, que continua generosamente a partilhar com a comunidade o material que recolheu, resulta também outro momento do Café Marginal, quando pertenceu a José Manuel Tocha. Note-se a particularidade de o slogan 'ao gosto de toda a gente' ter sido comum a mais que um proprietário de um local que começou por ser a Taberna do Tio Cortez.
O café Marginal, informa Duarte Nuno Tapadas, esteve também nas mãos de Carlos Tapadas e de Joaquim Caldeira.
CARLOS ROSA NUNES COMENTOU A PROPÓSITO DA TABERNA DO TIO ALBINO:
"Foi aqui que eu vi televisão pela primeira vez. Bancos corridos onde não se podia fazer barulho e tinha que haver consumo, um ou dois tostões de rebuçados ou 'orvilhanas".
Uma pessoa sem história, é uma pessoa sem futuro."