Ruas da Comenda estão transformadas em lixeira a céu aberto

 


A imagem que estão a ver é relativa à Rua do Monte da Pedra, na Comenda, onde esta instalação que num museu de arte contemporânea podia ser considera artística permanece com alterações pontuais. Há poucos dias estava assim.


Como dá para perceber, o mercado a céu aberto já funcionou e a mesinha decabeceira foi "arrematada", tal como resulta desta imagem captada sábado à noite.

O pobre do contentor do lixo é que está praticamente na condição de desalojado. Não vamos fazer grandes considerações sobre a falta de civismo de quem não tem pejo em fazer do espaço público uma lixeira porque essa seria uma história longa.

Onde bate o ponto é no facto de, declaradamente, a recolha de lixos e quejandos ser infuciente na Comenda, sobre no verão, quando a aldeia dobra a sua população. As duas recolhas semanais são muito curtas e convidam a este tipo de situações.



É certo que a Câmara Municipal tem um serviço de recolha de monos  mas já sabemos o que o povo em geral gasta: é sempre mais fácil descartar imeditamente o que já não tem lugar lá em casa.

Esta situação foi abordada na última reunião de Câmara, levantada pelo vereador Rui Vieira. "É preocupante o que está a acontecer", disse. "A rua não pode ser um local para javardices", acrescentou. José Pio concordou. "Isto já não vai lá com campanhas de sensibilização", referiu ainda Rui Vieira. A aplicação de multas é sempre possível mas o problema é que provar a autoria destes crimes ambientais é tão difícil como passar um elefante pelo buraco de uma agulha.

Acresce que, tal como também foi aflorado na reunião de Câmara, a Valnor também está demasiada compassado na recolha dos plásticos, papel e vidro da reciclagem, o que leva a que estes contentores fiquem rapidamente cheios. Resultado, o que ali não cabe fica na rua...


Importa referir também o mau estado do caminho que arranca desde a Rua do Vale da Feiteira, com erca muito crescida. O pedido para corte já foi feito à junta de freguesia mas esta respondeu que não tem pessoal para fazer o serviço.

Cuidar do espaço público é um dever de todos mas é sobretudo um desígnio das autarquias, muito mais importante que festas e festinhas, almoços e jantares ou obras de grande aparato para o portefólio de quem vai passando pela Câmara Municipal de Gavião.

Uma boa notícia para fechar: por insistência de Rui Vieira precisamente, talvez a Ferraria passe a contar com um novo local para recolha de óleos, como é pretensão dos seus habitantes.

PS - Ah, só mais uma coisa: seria interessante a Câmara Municipal pelo menos acusar a receção das reclamações que ali chegam, como já aconteceu a propósito desta situação. Ou também não há pessoal?