A construção da central solar do Polvorão, cujas áreas de implantação já foram desmatadas há mais de dois anos, está bloqueada por uma ação da divisão ambiental do Ministério Público junto do Tribunal Administrativo de Castelo Branco.
Basicamente, a concretização deste projeto está em risco devido a esta ação movida contra a Direção Geral de Engenharia e Geologia, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Agência Portuguesa do Ambiente e os municípios de Nisa e de Gavião, por alegada violação da lei de proteção ambiental. Todas estas entidades nacionais aprovaram o projeto e a Câmara Municipal de Gavião até já recebeu cerca de 1,5 milhões de euros do Fundo Ambiental só no que respeita à central do Polvorão.
A Câmara de Gavião está agora a jogar à defesa, alegando que caducou a licença que concedeu para a obra.
Esta questão foi levantada pelo vereador Vítor Filipe numa das mais recentes reuniões de Câmara e a chefe de divisão financeira da autarquia informou que a Câmara deverá pensar numa reserva financeira para o caso do projeto borregar e haver lugar à devolução dos fundos de compensação.
Tudo isto quando está em marcha a central da Margalha, também da francesa Akuo Energy, e a Endesa prepara pelo menos um grande parque eólico para junto da central da Margalha, entre a nacional 118, na zona da Atalaia, e as proximidades da Ferraria.