Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Gavião deixa alerta para fragilidades

 


A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Gavião apresentou o resultado da sua atividade em 2024 na Assembleia Municipal de Gavião.

A CPCJ de Gavião iniciou 2023 com um recorde de processos (18) e terminou o ano com 17 arquivamentos. Em 2024 surgiram sete novos casos que necessitaram da atenção desta comissão que acompanha a situação de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, com origem em situações de violência doméstica, negligência e exposição a ambientes de elevado consumo de álcool, entre outras.

Todas as crianças e jovens envolvidos eram de nacionalidade portuguesa.

As técnicas do CPCJ Gavião identificaram uma grande fragilidade ao nível das respostas sociais, do apoio médico especializado, sobretudo pedopsiquiatria pois foram detados muitos casos de saúde mental.

Todo o Alentejo tem apenas uma pessoa, sediada em Beja, para centralizar os trabalhos das CPCJ municipais, o que também não facilita o trabalho.

O CPCJ não regista um crescimento de casos, pelo contrário, mas é preciso não baixar a guarda, com esta comissão a reclamar instalações separadas para atendimento geral e especializado.

Paulo Pires, presidente da Assembleia Municipal, elogiou o trabalho da Gavião e, também na qualidade de líder do agrupamento de escolas, precisou que o aumento de 300 para 340 alunos e a fixação de novas famílias no concelho são fatores que potenciam o aumento de casos da esfera da CPCJ.

"Podemo-nos orgulhar de ter a nossa comissão a funcionar", sublinhou.

Só em dezembro de 2024, deram entrada na CPCJ quatro novos processos e os números dobraram no final de janeiro deste ano.