Oposição pede reforço nos apoios às juntas de freguesia e lares

 


O executivo da Câmara Municipal de Gavião vai apresentar na próxima semana o orçamento para 2025 e já se ficou a saber que não haverá qualquer alteração no apoio direto, por esta via, à Santa Casa da Misericórdia de Gavião, às IPSS e às juntas de freguesia. Isto é, a Santa Casa - que gere os lares de Gavião e da Comenda - irá receber 20 mil euros e os lares de de Margem e de Belver dez mil euros cada, com as quatro juntas de freguesia a receberem 2.500 euros cada.

Os dois vereadores da oposição, Vítor Filipe (PSD) e Rui Vieira (CDU), falaram na última reunião de Câmara para sugerir um reforço destas verbas anuais. "Há 4 anos que nada é alterado", disse Vítor Filipe. "Temos associações do concelho que recebem 55 mil euros, não é que esteja contra isso mas entendo que outras instituições também mereciam outra atenção", referiu Rui Vieira, provavelmente a reportar-se ao apoio atribuído anualmente ao Clube Gavionense.

Rui Vieira, a propósito dos trabalhadores dos lares da Santa Casa, abordou também a questão dos baixos salários praticados e a uma progressão de carreira praticamente residual ou mesmo nula ao nível dos vencimentos.

Sobre o reforço nos subsídios anuais, o presidente da Câmara disse que as sugestões ficaram registadas mas lembro que essas instituições ao longo do ano são alvo de diversos apoios por parte da Câmara. "Isto deve ser encarado apenas como uma prenda", afirmou José Pio.

Relativamente às juntas de freguesia, o presidente da Câmara precisou que recebem dinheiro diretamente do Estado central e que a Câmara está sempre disponível para responder às solicitações que surgem por parte destas autarquias. Sobre os salários das trabalhadoras dos lares, José Pio disse que a Santa Casa cumpre as tabelas da União das Misericórdias e concordou com o facto de o salário mínimo ser pouco para as exigências do trabalho. No entanto, esta é uma situação que, quer no casa dos lares da Santa Casa quer nos outros, não depende da Câmara Municipal de Gavião. "Trata-se de um trabalho muito importante e de grande dignidade", sublinhou, sem esquecer que a Santa Casa da Misericórdia de Gavião é o principal empregador do concelho.

Fica também a certeza que não será desta que as juntas de freguesia metem a mão no pote dos 3 milhões que a Câmara Municipal encaixou dos parques fotovoltaicos. José Pio, a onze meses do fim do seu último mandato, não vai abrir mão e continua apostado em ter esse dinheiro como reserva ou para investimento diverso em todo o concelho, embora os parques solares impactem diretamente na União das Freguesias de Gavião e Atalaia e nas freguesias de Comenda e Margem.