Eram cinco horas do dia de hoje e ainda as luzes das ambulâncias, das viaturas médicas e dos veículos dos bombeiros traçavam a noite entre Gavião e Belver. Estava a terminar um grande exercício de simulacro de acidente ferroviário na linha da Beira Baixa, junto aos túneis do Outeiro, em Belver.
O acidente "ocorreu" às 22.45 horas de ontem e menos de uma hora depois muitos meios já estavam no terreno, com centro operacional instalado no Clube Belverense (com uma tenda de apoio) e já com equipas no local do acidente e na estação de Belver.
A via principal de acesso ao local do acidente - onde se chega apenas através de um caminho de terra - foi a via férrea, solução prioritária para a evacuação dos feridos mais graves. O simulacro determinou a existência de cinco vítimas mortais, de seis feridos muito graves, seis graves, nove ligeiros e dez ilesos (entre os quais o maquinista e o revisor).
O plano de emergência municipal de Gavião foi imediatamente acionado. O vice presidente António Severino deslocou-se de imediato a Belver e aí esteve em coordenação com a proteção civil local e o comando dos bombeiros de Gavião. Presentes também estiveram a presidente da junta de Belver, Martina de Jesus, e o presidente da união de freguesias de Gavião e Atalaia, Germano Porfírio. José Pio fez o balanço final já perto das quatro da manhã.
O resgate dos feridos ligeiros aconteceu através da praia do Alamal mas apenas a embarcação dos bombeiros de Gavião conseguiu cumprir essa missão pois o nível da albufeira da barragem de Belver estava muito baixo.
A resposta ao exercício, que envolveu diversas corporações de bombeiros e a GNR, entre outras entidades, foi globalmente positiva.
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