Também na Comenda as touradas ainda são um bocadinho do que eram. Uma marca cultural que vai passando gerações.
Antigamente, o Largo do Tio Cortez, hoje da Nossa Senhora das Necessidades, era o recinto tauromático. Hoje, a garraiada acontece nas traseiras da junta de freguesia por altura das festas.
A nova temporada está aí e no próximo domingo há festa brava em Alpalhão. No grupo de forcados de Portalegre contam-se dois comendenses e o Parreirita não tem vergonha de ser cigano.
Este país é diferente do país entornado para o mar, onde os puristas e os causistas invadem e tomam o espaço social.
Já conseguiram acabar com as touradas na televisão e em algumas praças mais a norte. Mas não acredito, pelo que vejo, que por aqui tenham muita sorte na defesa da causa animal e da espetada de touro bravo.
Viva a tourada!
ESCREVEU JORGE GRAÇA :
Quando dizem que o Ribatejo é que é... É gente que nunca veio ao Alentejo. Terreola ou aldeia que não tenha aqui praça de toiros não é do Alentejo. Ainda me lembro aqui há anos de moirejar à temperatura de 40 graus à espera de ver matar o touro no largo de Barrancos. Vinha o toiro uma faena e estoque no bicho, ele no chão a em agonia e lençol negro para cima e todos a tapar o bicho, quem matou o bicho... Um El Hermano que logo se pisgava pela fronteira fora. O criminoso desaparecia e siga la fiesta pelos toros de muerte e viva Barrancos. A Afición é mesmo no Alentejo. Aqui em Cuba festa sem touros não é festa.