Gavião é o concelho do Alto Alentejo mais pobre em sítios arqueológicos

 

Gavião é o concelho do Alto Alentejo com menos sítios arqueológicos detetados desde a época do Alto Império Romano ao início da Alta Idade Média, ou seja, mais ou menos os primeiros dez séculos do primeiro milénio.

No levantamento feito por André Carneiro, professor catedrático de Arqueologia na Universidade de Évora, os seis sítios identificados em Gavião contrastam com os 56 do concelho de Fronteira, sendo que esta concelho já tem a sua carta arqueológica e mantém campanhas permanentes de arqueologia.

Estes dados podem ser consultados numa recente publicação internacional precisamente assinada por André Carneiro e por Pedro Trapero Fernández, da Universidade de Cádiz.

Os autores relevam que Gavião ficava na zona de influência da cidade romana de Aritium Vetus, situada no lugar do Casal da Várzea, em Alvega, o que fazia prever a existências de povoamento rural da época imperial no termo de Gavião, pois as cidades dessa época promoviam normalmente uma rede de povoamento em seu torno.

Fica a hipótese de as caraterísticas físicas do território hoje gavionense, algo acidentado, possam ter dado origem a esta exceção à regra. Hipótese que não pode ser sustentado em trabalho de campo efetivo pois é sabido que este está longe de estar feito no concelho de Gavião, do mesmo podendo resultar a subida de números tão escassos de sítios identificados.

O Sourinho, note-se, é um dos seis sítios identificados no concelho de Gavião e em breve iremos lá na companhia precisamente do professor André Carneiro, aqui ficando a notícia e o convite para eventuais interessados nos acompanharem.