'Estrela da Planície', um livro declaradamente apaixonado pela Comenda


 

Graças ao Duarte Nuno, um profundo conhecedor da História da nossa terra, assim chamado em honra ao rei de Portugal, que esteve em Gavião muitas vezes a convite da família Pequito Rebelo, por vezes em jeito de clandestino pois Salazar não ia à bola do monarca, chegou-me às mãos o livro de poemas 'Estrela da Planície', da autoria do padre Horácio Nogueira, que foi pároco da Comenda e tem o seu nome num largo junto à Igreja Matriz.


O livro tem como título aquele que é o nome do nosso Orfeão e foi editado em 1955 "com as licenças necessárias" - aliás, como muito bem assinalou quem segue este blogue (Fernanda Pires), o nome do Orfeão inspirou-se num dos dos poemas do padre Horácio. O livro que me chegou é uma reedição de 2009, facsimilada e restaurada por por Sara Costa. Adoro livros que são reeditados tal e qual. É algo de muito raro.



No prefácio, Monsenhor Moreiras das Neves apresenta o autor como uma alma apaixonada pela terra onde ultimamente tem vivido e sonhado, a Comenda/Castelo Cernado, A poesia ali plasmada é, ainda segundo Moreira das Neves, "uma lembrança da charneca misteriosa".

O autor dedica o livro à sua mãe e o prelúdio a José Pequito Rebelo (de que iremos falar aqui em breve) e aí o padre Horácio fala de um Alentejo que é "um ermo sertanejo" e ao mesmo tempo "uma terra esplendorosa".

Um livro simples, bonito e apaixonado. Mais uma declaração de amor à Comenda e ao Alentejo.