Mais uma joia do distrito de Portalegre: o rebuçado de ovo

 


Estamos sempre a fazer descobertas.
A propósito de algumas referências gastronómicas da região, e por alerta dos comendenses Jorge Graça e Maria Adelina, fomos apresentados a esta iguaria: os rebuçados de ovos de Portalegre.




O rebuçado de ovo de Portalegre é uma especialidade à base de ovos e açúcar nascida nos Conventos da região de Portalegre, há cerca de três séculos.


Podem ser comprados em Portalegre, na rua do Comércio, e apresenta-se sempre embalados numa bela latinha.

Como alguém já disse, a aposta nas pequenas indústrias tradicionais é também um caminho para a revitalização de um distrito que foi o que maior que maior quebras demográfica apresentou entre 2011 e 2021, segundos os dados agora divulgados, de forma consolidada, pelo Instituto Nacional de Estatística.

No distrito de Portalegre, todos os 15 concelhos andaram para trás na demografia. Nisa foi o concelho que mais se esvaziou, perdendo 20,2% da sua população em dez anos (a freguesia da Comenda perdeu mais dois pontos percentuais!).

A capital de distrito, por sua vez, passou de 24.930 residentes no concelho para 22.340, uma redução de 10,4%.

O distrito em si perdeu 11,5% da sua população, passando a ter 104,923 pessoais. Lisboa, o concelho mais populoso do país, tem agora 544 mil residentes.

O concelho de Campo Maior foi o que registou uma menor percentagem de quebra populacional (-4,9%) no nosso distrito, agora com 8.042 pessoas ali fixadas. Abaixo dos dez por cento de quebra populacional, apenas mais dois concelhos portalegrenses: Castelo de Vide (-8,6%) e Ponte de Sor (-8,9%).

Gavião integra a lista dos cinco concelhos com maior percentagem de diminuição de residentes, atrás de Nisa, com uma quebra demográfica de 17,9%, à frente de  Avis (-16,7%), Fronteira (-16,2%) e Alter do Chão (-14,6%).

Isto não se resolve, obviamente, com deliciosos rebuçados de ovo, mas qualquer ajuda é boa, sobretudo quando nos confronta com o facto de as artes tradicionais ainda estarem vivas.