A gente da minha terra que (en)cantou na Comenda

 


No passado sábado, tive o privilégio de também receber na Comenda a gente da minha terra - Matosinhos.

Um concelho de primeira grandeza e com uma escala que Gavião não tem. Ao contrário do que é muitas vezes dito, Matosinhos não é apenas uma terra de pescadores pois foi essencialmente uma terra de marítimos, isto é, gentes associadas às atividades da navegação. Não foi acaso que ali se fez a maior obra de engenharia portuguesa do século XIX - o Porto de Leixões. Sendo que "leixões" é o nome dos grandes rochedos que abrandavam a força do mar na foz do rio Leça, um rio desaparecido na sua etapa final, para dar lugar às docas.


Mas não foi para contar a história de Matosinhos que vim aqui. Aqui estou apenas para falar da pergunta que muitos meus conterrâneos do Coro do Centro Cultural e Desportivo do pessoal da Câmara Municipal de Matosinhos me fizeram: o que passou pela tua cabeça para trocares a tua terra pela Comenda?

A resposta é sempre fácil: não troquei pois a nossa terra é nossa para sempre, apenas foi uma opção que fizemos pela qualidade de vida num território onde nem há pressão nas cervejas que se vendem nos cafés.

O país, no fundo, é demasiado pequeno para regionalismos fúteis e a verdade é que somos sempre do lugar onde gostamos de estar.

E, sim, foi muito bom receber estes matosinhenses que alegram as suas vidas através do canto coral.