Negócio de 7,7 milhões de euros no Polvorão (e não só) muda paradigma na Comenda

 


Não restam dúvidas que o negócio de 7,7 milhões de euros anunciado esta semana em reunião de Câmara relativamente à Herdade do Polvorão e outros terrenos adjacentes pode mudar o paradigma não apenas da freguesia de Comenda mas também do concelho de Gavião.


Como se sabe, uma parte da Herdade do Polvorão estava já reservada para a instalação de uma central fotovoltaica de grande potência em 286 hectares de terreno, cujo anúncio de licenciamento de obra estava no local desta foto junto ao contentor e entretanto já desapareceu tudo, conforme o atesta a imagem de capa, captada há poucos dias.

Nesse entretanto, a "bomba" rebentou com a notícia da venda da Herdade do Polvorão pela respetiva sociedade agrícola à empresa Blue Sites, uma empresa com um capital social de três milhões de euros dedicada à compra de prédios rústicos e urbanos para a instalação de parques de produção de energia solar. Falta saber se esta empresa tem ou não qualquer ligação à Akuo Renováveis, a empresa inicialmente destinada a fazer a exploração do parque solar licenciado para o Polvorão e que já está a desenvolver o parque da Margalha.


Para já, o que se sabe é que o contrato de compra de 4,4 milhões de metros quadrados da histórica Herdade do Polvorão está em curso por 3,698 milhões de euros, a fatia de maior volume do lote vendido à Blue Sites,

Um lote que passamos a definir para além da Herdade do Polvorão:

- Habitação no Polvorão, 51.623 euros.

- Terrenos de 12 mil metros quadrados, 10.016 euros.

- Herdade do Vale Grande, 900 mil metros quadrados, 724.270 euros.

- Vale Marianas, 657 mil metros quadrados, 408.365 euros.

- Estacal, 460 mil euros.

- Alagoa, 177.215 euros; 38.525 euros.

- Herdade do Vale Grande e Vale Polvorosa, 2,183 milhões de euros.

Aguardemos por mais esclarecimentos sobre este negócio milionário que subiu a reunião de Câmara para que fosse exercido ou não o direito de preferência da autarquia. O que naturalmente não foi feito pois a Câmara de Gavião pode ter um pouco mais de três milhões de euros em cofre mas a gestão do imobiliário ou o negócio dos parques solares não lhe assiste.

O que nunca iremos saber é o quê pensaria José Adriano Pequito Rebelo de tudo isto.