Dona Delfina Pequito Rebelo, a grande benemérita da Comenda

 


Delfina Pequito Rebelo.

Um nome inseparável da história da Comenda e do concelho de Gavião.

Este seu retrato podia ser visto no salão paroquial da Comenda. Onde foi colocado justamente pois uma das proprietárias da Herdade do Polvorão [hoje pertença da Casa Anadia] financiou não apenas a construção deste salão mas também a construção da Igreja Paroquial e da casa paroquial. Sem esquecer a sua contribuição para a Casa da Sopa.


O salão paroquial, inaugurado no dia 17 de dezembro de 1961, contou também com o contributo de José Barros Camões e da sua esposa, Josefa Barros Camões, que cederam o terreno. Dona Delfina e dona Josefa dão os seus nomes a duas importantes ruas da Comenda.

Estas são figuras incontornáveis da Comenda, grandes do seu tempo, um tempo, como sabemos, dominado por um regime político que cerceava liberdades mas durante o qual a Comenda conheceu o seu esplendor, muito graças à existêncis de grandes herdades à sua volta, onde era grande a oferta de trabalho. Não vamos discutir aqui, que não é o local próprio, como esse trabalho era ecplorado e compensado. A verdade é que nessa altura não tínhamos a Comenda rodeada de eucaliptos ou terras ao abandono e apenas aproveitadas, aqui e ali, para pastagem de animais.

Tudo muda e a prosperidade da terra e das suas gentes não pode justificar tudo - mas, aí, a História, com a devida distância, irá um dia explicar tudo, libertada já dos fumos revolucionários.

Por ora, aceitem apenas este olhar sobre três grandes figuras da Comenda e sobretudo sobre dona Delfina, sem lhe juntarmos qualquer sentido emocional ou político, olhando para elas ao mesmo tempo que olhamos para um tempo que já não reconhecemos.

Quando o salão paroquial foi inaugurado, dona Delfina, que lutava contra a doença desde criança, andando em cadeira de rodas, já tinha falecido há seis anos

Mais uma vez obrigado ao Duarte Nuno Tapadas pela cedência destas preciosas imagens que permitiram esta pequena homenagem a quem nos deixou há mais de 60 anos e continua a marcar profundamente a história da nossa aldeia.