A Central Solar Fotovoltaica do Polvorão vai ter um forte impacto ambiental na mancha verde afetada. Os estudos feitos relevam o facto de cerca de 800 sobreiros terem de ser abatidos, na zona central da central solar.
Mas não só sobreiros e azinheiras terão de ser derrubados para a instalação dos painéis e da linha de condução de energia que seguirá para a central da Falagueira, em Nisa.
"O impacte de destruição de espécimenes de flora caracteriza-se
como sendo negativo, permanente, direto, provável, local e reversível", lê-se no estudo de impacto ambiental.
Mas a instalação das mesas da Central Solar Fotovoltaica afetará também cerca de 62 hectares maioritariamente de pinhal bravo (27 ha) e pinhal manso (23 ha), sendo também afetadas áreas de eucaliptal (8 ha) e matos (5
ha). Poderá ser o caso desta alameda de pinheiros, junto ao cruzamento da estrada que vem da Ferraria e a estrada que deriva na nacional de acesso a Gavião.
Para além de tudo isto, a construção dos edifícios associados à Central Solar Fotovoltaica, designadamente a subestação, edifício de operação,
manutenção e armazém resultará na destruição de 1,14 ha de pinhal manso. Também a instalação dos postos de transformação
levará à destruição de vegetação, nomeadamente de 0,03 ha de pinhal manso e 0,03 ha de pinhal bravo.
São dados a ter em conta. A destruição do coberto vegetal é significativa mas também é verdade que grande parte destas matas permanecia inacessível, protegida pelo arame farpado das herdades e, como tal, sem usufruto público, apenas com eventual produtividade resultante do aproveitamento do sobro e de madeiras.