Sem endividamento e com "muita capacidade" para ir à banca - segundo José Pio -, a Câmara Municipal de Gavião é um caso à parte no que diz respeito a contas certas com resultados excecionais. Não foi, pois, uma surpresa a aprovação por unanimidade do relatório e contas da autarquia relativo ao ano de 2023.
A autarquia fez transitar para 2024 um saldo de 2,8 milhões de euros e apresentou uma taxa de execução de 98,6 por cento. Naturalmente, estes números positivos resultaram sobretudo da receita originada pelo Fundo Ambiental pela licença de construção de dois parques solares e eólicos no concelho.
"Esta é a apresentação de contas mais fácil do meu mandato", disse o presidente de uma Câmara que tem 143 trabalhadores (78 homens e 75 mulheres) e que gastou em 2023 mais 111 mil euros com pagamento ao seu pessoal. As receitas com pessoal foram de 40,5 por cento, um valor que José Pio diz que deve ter sido em conta para o futuro.
Vítor Filipe, vereador eleito pelo PSD, argumentou que o investimento feito aconteceu sobretudo na vila de Gavião e que as outras freguesias ficaram para trás, aconselhando o executivo "a olhar mais para os jovens", ajudando à sua fixação no concelho.
O atual saldo de caixa da autarquia é de 2,4 milhões de euros mas esta tem ainda receber 854 mil relativas a obras financiadas e para as quais adiantou dinheiro, como é o caso do antigo seminário de Gavião que será museu dos carros de atrelar.
Relativamente a este ano, a autarquia já encaixou também 8.900 euros em juros, 360 mil euros de IMT e 6.700 euros de IUC.