Como era a Festa do Trigo no Monte do Polvorão

 


Ceres, a deusa do panteão romano, com fortuna associada sobretudo aos grãos de cereais e ao amor maternal, também podia ter patrocinado as Festas do Trigo que durante muitos anos, no fim das colheitas de cereais, decorreram no Monte do Polvorão. Mas não. A patrona dessa grande festa foi sempre dona Delfina Pequito Rebelo.

Essa festa tinha uma singularidade ao promover um momento cenográfico através de um coro a duas vozes. Maria Flores foi uma das solistas representando a voz da religião. A outra voz, a do trigo, era entoada pelo resto do coro. Havia ainda a voz do povo, interpretada pelos trabalhadores da herdade. Tudo dialogado, com música composta pelo padre Horácio.

No final, dona Delfina oferecia um beberete e dava algumas prendas.


"A Benção do Trigo" é um filme de 1957 que pode ser visto aqui nos arquivos da RTP.



Maria Flores e Alzira Aparício contam, de viva voz, como era a Festa do Trigo no Monte do Polvorão.


Acrescenta Fernanda Pires:

"Em 1999 fizemos uma representação da festa O AUTO DO TRIGO, que outrora era feita no monte do Polvorão. A Eucaristia foi feita à porta da nossa igreja! Foi muito bonito!"