O Bairro Tropa, um grupo de casas encavalitado sobre o núcleo museológico das mantas e tapeçarias, em Belver, junto à ponte, continua a dar que falar.
Na última reunião de Câmara, o vereador Vítor Filipe, eleito pelo PSD, interpelou o presidente da Câmara sobre a reação da presidente da junta de Belver, Martina de Jesus, à notícia deste blogue sobre este pequeno bairro.
"É nosso pensamento que este não é o melhor sítio para habitação social, Belver tem outras hipóteses e habitação social naquele local podia colocar problemas de segurança ao museu", respondeu José Pio, referindo que o centro de dia do antigo Centro Social Belverense é uma das possibilidades para integrar na estratégia local de habitação. "Gosto de pensar aquilo de forma mais ambiciosa", precisou o presidente da Câmara, que parece apostado em ver o bairro transformado em alojamentos locais. "Não excluo a hipótese de recuperar só as casas", acrescentou. "Mas o PDM hoje apenas nos permite recuperar as casas", salientou também o presidente da autarquia gavionense.
O vice-presidente da Câmara, António Severinio, presidente da concelhia do Partido Socialista, onde tem como número 2 precisamente Martina de Jesus, fez questão de intervir, para em termos gerais dizer que o que foi dito não foi um não à recuperação das casas, tanto mais que existe um projeto e a ideia de uma das casas se tornar uma residência artística. Relativamente à degradação do edificado, Severino disse que essa é uma questão "que nos tira o sono".
Para fechar a questão, José Pio disse que não quer seguir uma política de "gastar só por gastar" e considerou este "um não assunto".