Sempre que se fala na Indústria Florestal do Alto Alentejo, a fábrica sobretudo de tacos de azinho que durante mais de 20 anos encheu de vida a Comenda e que encerrou no início dos anos 80 do século passado, surgem memórias fortes.
Como aconteceu quando Jorge Graça escreveu isto:
"O João da ti senhorinha caiu do telhado quando foi reparar uma telha já a fábrica estava a trabalhar há alguns anos. Ambos a escassos metros de mim. O João, ouvi um estrondo fomos a correr e já estava estatelado no chão sem dizer nada meio morto. O Luís estava a falar comigo virei costas e ele caiu no tanque de água para cozer as madeiras, foi uma coisa que nem dá para contar, aquilo estava a 100 graus."
FERNANDA PIRES ACRESCENTA:
"Saudades de ver essa fábrica! Quando algum dos seus trabalhadores falecia, quando o funeral seguia para o cemitério, parava em frente, e a IFAL tocava um toque que até arrepiava em homenagem a esse trabalhador! Nunca me esqueço! E aí ao pé dessa casa também havia uma piscina onde o menino Sérgio morreu afogado!"
Infelizmente, fisicamente nada resta da IFAL. Foi tudo atrasado, depois de nestas instalações ter funcionado uma fábrica de manequins.
Resta por ali o falhanço de uma zona industrial.