Como se sabe, Gavião tem conhecido grande instabilidade no campo da assistência médica garantida. Aqui pela Comenda estivemos mesmo várias semanas sem médico disponível, situação que agora se alterou (para melhor, obviamente).
Mas, tal como informou o presidente da Câmara de Gavião esta semana, durante a assembleia municipal, a situação no concelho ainda não está completamente resolvida, embora para lá caminhe.
José Pio disse que a Câmara de Gavião comprometeu-se com o dr. Jorge Rebelo - que até já comprou casa na Atalaia - a pagar uma compensação para este se fixar em Gavião. É uma compensação de 5,5 euros extras por cada hora de trabalho, numa média de 800 euros a pagar pela autarquia. O protocolo já foi enviado para o médico e a autarquia aguarda o 'sim' de Jorge Rebelo.
José Pio revelou ainda que a Direção Geral de Saúde irá pagar 22 euros por hora ao médico residente. Neste momento, a Direção Geral de Saúde tem um médico aqui colocado "mas cá não ficará por cá pois já está em trânsito para a Bélgica".
O presidente da Câmara de Gavião precisou também que a mãe do doutor Jorge, que é clínica sénior, já se disponibilizou para vir de Porto Santo para Gavião para aqui se fixar, situação que não depende da autarquia gavionense mas dos serviços centrais do SNS. A confirmar-se, Gavião ficaria com dois médicos residentes, mãe e filho.
"Não vejo qualquer razão para o doutor Jorge não aceitar a proposta que lhe foi feita pois tanto a Câmara como a administração regional de saúde cederam a tudo o que ele pediu", disse ainda José Pio, que mostrou abertura para um eventual acerto no protocolo e assim mostrando o empenhamento da autarquia em resolver este problema.