Mostra de Gastronomia de Gavião custou mais de 300 mil euros à Câmara de Gavião

 


A última reunião da Câmara Municipal de Gavião começou, como todas as outras, com o presidente José Pio a detalhar o valor do saldo de caixa da autarquia: 2 milhões e 591 mil euros milhões de euros. Um valor que suscitou um pedido de explicações por parte do vereador Vítor Filipe (eleito pelo PSD e recandidato). Isto porque 15 dias antes o saldo era de 3 milhões de euros e 120 mil euros.

Este "consumo" rápido de quase 533 mil euros foi explicado por José Pio com os gastos na Mostra de Gastronomia, Artesanto e Atividades Económicas e com pagamentos efetuados.

A título de exemplos, refira-se que só a produção dos espetáculos e o aluguer de estruturas custou 74.600 mil euros, o aluguer do palco 14.750 euros, o espetáculo de drones 15 mil drones, o espetáculo de Danni Gato 11.500 euros, o do DJ Topo 12.500 euros, Carlão 18.500 euros, Julinho KSD 14.500 euros, Ana Moura 32.000 euros e a Festa M80 17 mil euros. Faltando aqui nesta soma de 210 mil alguns artistas cujos cachés ainda não surgiram no portal dos ajustes diretos e também outras despesas. Pela nossas contas, a fatura total ultrapassará com facilidade os 300 mil euros, indo de encontro à diferença entre os saldos da autarquia em 15 dias apenas.

A verdade é que a Mostra teve um programa à festival de música (mas à borla), ficando aqui a prova de que a qualidade tem sempre um custo que, felizmente, a autarquia gavionense, devido à sua situação financeira, pode suportar sem sobressaltos. Ficando a certeza de que a Mostra tem vindo a afirmar-se como um dos grandes eventos musicais do Alto Alentejo, competindo já na aproximação aos grandes eventos a pagar deste território (Crato e Nisa).

Aos custos do evento à que acrescentar o retorno para a economia sobretudo da vila de Gavião e também a refletir-se nas receitas conseguidas pelas associações que ali tiveram bancas de comes e bebes, para além do resultado das vendas dos cerca de 60 stands de artesanato e quejandos. Estes últimos números não são facilmente quantificáveis mas não devem ser menosprezados nas contas finais, podendo mesmo aproximar-se do valor dos custos.