O que resta da Herdade do Braçal


As silvas vão cercando o antigo monte da Herdade do Braçal, por onde passa o nosso PR3. Do Vale da Feiteira até à ribeira da Venda é talvez a parte mais interessante deste percurso, que também tem os seus encantos entre o Vale da Feiteira e a Comenda.

Como se vê, o mato já conquistou parte do telhado da casa principal, antes da última descida até à velha ponte do Vale das Colmeias.


Uma ponte curta, com três quebra mares desiguais e um tabuleiro com grandes lajes não completamente unidas provavelmente porque o seu plano de construção foi pouco apurado, com o trabalho feito por pessoas não especializadas mas que perceberam a necessidade de colocar proteções para os dias de cheias. Apesar de tudo, é uma ponte robusta que já terá resistido um par de séculos, tanto mais que o caminho que ali passa foi outrora muito usado na ligação para o Gavião.


Cá vêem as lajes sem união e atrás do Vítor Oliveira e do José Duarte o mato a dificultar a passagem.

É pena que o PR3 esteja de uso difícil em alguns trechos, para além da pouca sinalética que pode levar quem caminha a enganar-se facilmente. Não é fácil manter estes percursos longos sempre impecáveis mas é preciso fazer mais e muito melhor até porque em breve teremos na Degracias um Centro Interpretativo de Percursos Pedestres.


A caminhada deu para apreciar ainda algumas hortas que permanecem ativas, como esta também com vinha e olival tradicional.

Perto do caminho, quem desce do casario para a ribeira, existem duas sepulturas escavadas na rocha de um conjunto de sete identificadas na freguesia da Comenda (na Margalha, junto à antiga estrada, existiam mais duas, entretanto destruídas). Ainda não foi desta que conseguimos ver este par de sepulturas que estará provavelmente coberto por terra.

Se alguém já as tiver visto, agradeço ajuda na sua geolocalização.