Esta é uma pequena ponte com muita história da nossa freguesia, onde continua a faltar um registo patrimonial consistente e sistemático.
Esta ponte encontra-se no atual PR3 e é dos seus pontos de interesse especial.
Não é uma ponte de aparato, sempre terá sido uma ponte utilitária que tornava sempre transitável um velho caminho de ligação a Gavião, num tempo que não era marcado pelo uso de veículos automóveis.
O caminho foi perdendo uso e hoje a própria ponte está escondida pela vegetação, sinal da sua pouca utilização. A falta de limpeza das margens da Ribeira da Venda a jusante do parque de merendas também não ajuda na valorização desta peculiar estrutura.
Uma ponte feita de grandes lajes e sem guardas. Não sabemos se algum dia as teve mas é provável que não.
Não vamos avançar para a sua datação pois e terreno movediço com demasiados especialistas. É provável que o que estamos a ver seja o que foi o programa ex nihilo, ou seja, a construção original.
De destacar os três quebras mares, um deles desigual, que contribuem para a resistência da ponte em tempo de águas fartas.
Perto do monte há muitas referências a duas fontes, uma delas de água fadagosa, isto é, com cheiro e como tal termal. Fontes que estarão cobertas por terra ou vegetação, tal como duas sepulturas escavadas na rocha com cerca de mil anos. Tudo por sinalizar e cuidar.
Fica o convite para virem até aqui. Não é difícil. Basta partir do cruzamento do marco geodésico do Vale da Feiteira e seguir as indicações do PR3. São 30 minutos de caminho muito agradável, passando ao lado do antigo monte do Braçal.