Para onde vai o nosso lixo

 


Durante muitos anos, o nosso lixo estava distribuído por lixeiras a céu aberto e a Comenda teve duas.

Esse tempo já acabou e hoje os nossos resíduos domésticos vão para o aterro sanitário da Valnor, junto a Vale de Seda, entre Alter do Chão e Fronteira.

O aterro, a zona alongada mais escuro, caminha para a sua capacidade máxima e um dia será selado. Mas a selagem não significará o seu fim pois durante muitos anos aquela será uma área sensível.

Um aterro é uma espécie de barril de pólvora, acumulando metano e líquidos perigosos.

Hoje, as grandes cidades já incineram os lixos mas esse luxo ainda não temos por aqui e provavelmente não se justifica tendo em conta o volume acumulado.


Não é longa a viagem do nosso lixo até ao aterro da Valnor.

Como dá para perceber, Gavião é um dos concelhos associados à Valnor com menos peso no lixo que gera, apenas 1,5%, em contraste com 8,4 % de Portalegre. Castelo Branco, com um peso de 21,7%, coloca o seu lixo também ao cuidado da Valnor mas num aterro a norte do Tejo.


Atentem nas quantidades anuais de lixo produzido por cada município pois é um bom indicador da sua atividade, dimensão e desenvolvimento. Gavião com cerca de 1500 toneladas, Ponte de Sor quase com 6600 toneladas.

No ano corrente pagará este ano cerca de 200 mil euros pelos resíduos e em 2025 esse valor vai dobrar pois o preço por mil toneladas sobe de 54 euros para 82 euros.