Pinheira do Calvário aguarda decisão para ser ou não abatida

O abate ou não desta grande pinheira da rua principal da urbanização do Calvário voltou a ser assunto discutido na reunião de Câmara, onde se deu conta da entrada de um processo, conduzido por um advogado, da autoria do proprietário da casa mais próxima desta árvore, que reclama uma ação por parte da autarquia, de forma a não continuar a ser prejudicado pela queda de ramos, pinhas e não só, para além do facto de ter as raízes da árvore já profundamente no seu terreno.

José Pio começou por dizer que já foi pedido um estudo que custou 600 euros e que teve como resultado a proposta de não abate da pinheira, uma árvora "possivelmente com mais de 100 anos". Mas o presidente da Câmara de Gavião acrescentou: "Se morasse ali, também não iria gostar de ser prejudicado pela árvore".

José Pio aguarda agora que seja concluído o Regulamento Municipal para o Arvoredo, para saber se existe ou não a obrigatoridade de abater a árvore. "Temos reclamações quanto aos prejuízos que causa mas também temos moradores da urbanização que defendem o contrário da solução proposta pelo morador que se queixou", disse.

"No dia em que tivermos um parecer para abater a árvore, iremos contratar uma empresa especializada para o efeito", referiu ainda.

Como se pode ver, a pinheira já ali estava quando a urbanização do Calvário foi construída e na altura ninguém teve em conta sequer o facto de estar inclinada sobre a estrada. Como se pode verificar, nessa altura a copa da árvore ainda não ia de passeio a passeio. Uma rua que hoje está bastante afetada pelas raízes que foram crescendo e vão levantando o alcatrão. Note-se que é por esta rua que normalmente circulam os cortejos fúnebres.

"A árvore está inclinada e vai fazer muitos danos", referiu, por sua vez, o vereador eleito pela CDU, Rui Vieira, que entende que a pinheira deve ser retirada. "Estamos aqui para defender as pessoas", juntou.

Vítor Filipe, vereador eleito pelo PSD, acrescentou que a pinheira "está a causar danos às infraestruturas públicas" e que sendo arrancada esta era uma situação que podia ser compensada pela plantação de cinco ou seis pinheiros noutro local.

"Não sou contra o abate, mas entendo que devemos respeitar a legalidade, e se for para abater, assim será", são palavras suas.

António Severino, vice presidente da Câmara, informou que o Instituto de Conservação da Natureza e o Gabinete Florestal estão a analisar o assunto, estando a autarquia à espera de relatórios e de um parecer jurídico. "Há muitos casos destes por todo o país", afirmou.

O caso irá certamente ter novos episódios.

Por falar em pinheiras antigas, apreciem esta junto ao Bairro Cadete. Esta semana passei ali e foi por segundos que não levei com um pesado ramo na tola! Dei o alerta e uma hora depois já lá estava uma fita vermelha a servir de aviso.

 
A verdade é que para que esta urbanização do Calvário fosse um facto não foram cortadas duas ou três árvores...