Água que cheira a peixe preocupa consumidores de Gavião

 


A qualidade da água que sai das nossas torneiras fornecida pela empresa Águas do Alto Alentejo é uma preocupação latente em todo o concelho de Gavião.

O vereador Vítor Filipe, eleito pelo PSD, levou o assunto à última reunião de Câmara, para começar por afirmar que a água "cheira a podre e a terra". José Pio, presidente da Câmara de Gavião, até acrescentou: "Até me cheirava a peixe".

Ño entanto, o presidente da Câmara de Gavião garantiu que têm sido feitas análises e que a água que nos está a chegar à torneira, depois de passar pelos depósitos, "bacteriologicamente está boa". Mas não restam dúvidas "de que a água está com problemas".

A autarquia gavionense tem pressionado as AAA mas entre esta e a EPAL continua a não correr tudo da melhor maneira. Uma questão que, conforme sublinhou José Pio, se arrasta "há 30 anos" entre quem fornece água em alta e quem a distribui em baixa (outrora os serviços municipalizados de cada Câmara, hoje a AAA), nomeadamente na necessidade de reforçar o paredão da barragem de Póvoa e Meadas, que corre o risco de um dia colapsar.

Como se sabe, a captação de água para o concelho de Gavião é feita na barragem do concelho de Castelo de Vide e apenas compete à AAA a sua distribuição e análise da qualidade da água na saída das torneiras. Esta última empresa intermunicipal opera apenas há dois anos e só agora começa a ser capaz de pensar em programas de fundo, embora sempre com um problema sério na rede de distribuição, que está muito velha e que, como todos sabem, está sempre a motivar intervenções sucessivas.

Gavião, note-se, tem furos próprios mas só os usa em caso de extrema necessidade, dependendo da distribuição feita pela rede gerida pela empresa Águas do Alto Alentejo, que tem sede em Ponte de Sor.

Uma última nota só para dizer que a água não está cara (18 cêntimos o litro), o que está caro é a água vai...