O que fazer com este deserto da Zona Industrial que nunca teve indústria?

 


Não basta cortar o mato e manter a placa em condições.

A zona industrial da Comenda avança na sua terceira década de deserto.

Tudo o que para ali foi prometido resume-se ao vazio que podem ver e à delapidação dos equipamentos instalados.


Não se dá conta também de qualquer esforço significativo do poder autárquico para dar vida ao espaço onde funcionou a IFAL. A Indústria Florestal do Alto Alentejo foi durante muito tempo a 'alma' da Comenda, dinamizando a freguesia e gerando postos de trabalho. Mas hoje é apenas uma memória de que restam apenas documentos como este.

Nesse entretanto, nasceu uma zona industrial em Gavião que está prestes a ter capacidade máxima instalada e prepara-se outra para a Atalaia. Parece que a zona industrial da Comenda não entra na equação, apesar de se encontrar a 7 quilómetros do IP2 e de ter ligação rápida à A23, sendo ainda a zona industrial do concelho mais próxima de Espanha, de Nisa e do Crato.

Já aqui esteve para instalar-se uma fábrica espanhola de batata frita mas foi-se sabe-se lá porquê. Já aqui esteve sinalizada uma área para a instalação de uma empresa local mas o contrato foi recentemente revogado. Já para aqui houve interesse em instalar uma empresa de produção de cubas de alumínio e aço, situação de que não houve mais notícias.

O que se sabe é que o investimento de 200 mil euros feito na construção deste espaço já precisa de quase outro tanto para o caso de a zona industrial ser uma realidade.

Um bilhete postal horrível este que todos os dias vemos.

CLÁUDIO BARREIROS COMENTOU;

"Criar condições favoráveis para as empresas se estabelecerem era um bom ponto de partida. Atendendo ao tamanho dos lotes e ao estado da economia num todo, não me parece que existam micro empresas com condições financeiras para arrancar seja com o que for ali. Ideias não faltam a muita gente, o que falta é capital. Mal geral."