VILAR DA MÓ a aldeia onde a erva cresce na estrada

 


Há algum tempo que nos vinham dizendo que havia mais uma aldeia abandonada no concelho de Gavião, mais concretamente na freguesia de Belver, para além da dupla barreira, em relação à sede do concelho, do Tejo e da A23.

Atirada para os confins norte do concelho, no limite com Mação, perto de Furtado e de Vale Coelho, Vilar da Mó tem um acesso estreito e onde a erva cresce no meio da estrada. O que nos levou a entender que afinal a notícia do seu abandono podia ser um facto.

Assim não é. Logo ali fomos recebidos por um par de cães da casa de uma idosa que ali vive e que nos disse que a aldeia tem cinco ou seis pessoas que ali vivem permanentemente. Não vimos mais ninguém e, como se pode reparar no vídeo recolhido na Rua Central, o estado do edificado é no geral de ruína.


A própria Quinta do Ribeirinho, empreendimento turístico que ali existe, não parecia ter vivalma. A imagem que veem é da sua página promocional. No Facebook, a página do empreendimento tem uma última atualização de julho de 2022.


A aldeia ainda tem capela e não fica muito distante quer de Envendos, quer de Mação, via Nacional 3.




Não vimos qualquer café ou mercearia e, tirando o primeiro contacto com a guarda de honra canina e a sua dona, o silêncio foi presença constante.


Entre as ruínas, uma casa bem conservado, com um bonito azulejo em azul e branco. A Vilar da Mó, disseram-nos, vem mais gente ao fim de semana e em tempo de férias.

Fica, por isso, aqui a notícia que nos diz que Vilar da Mó ainda tem vida. Pouca, mas tem, embora o futuro destas pequenas aldeias de mais de 30 do concelho de Gavião não seja propriamente radioso.

Por ora, Vilar da Mó vai respirando um pouco de vida.