Esta velha ponte separa, e une ao mesmo tempo, as freguesias de Comenda e do Monte da Pedra e também os concelhos do Crato e de Gavião.
Aqui corre o Sôr entre grandes fragas que serviram como parte do suporte desta ponte que terá a arte também de José Alves, tal como mais a jusante a ponte do caminho entre o Vale da Feiteira e a Cunheira. Este último um caminho outrora muito usado, quando estava em operação o ramal de Cáceres, e que nunca foi pavimentado com macadame, cubos ou asfalto.
Esta ponte é muito semelhante à que liga, cerca de dez quilómetros a jusante, o Sume ao Moinho do Torrão, sendo também de via única.
É uma ponte que sofre por vezes cargas pesadas sobretudo na passagem de camiões carregados de madeira de eucalipto, um recurso intensamente explorado entre o Monte da Pedra e o Crato.
A olho nu, não se percebem problemas estruturais mas estamos claramente perante uma construção datada e marcada pelo tempo e que talvez já merecesse outro tipo de solução.
O Sôr corre aqui encaixado entre batólitos de granito que no estio escondem o ribeiro. Um ribeiro que hoje corre farto, tal como acontece com o seu subsidiário que passa no Monte da Pedra [imagem de remate do vídeo].
Entre esta ponte e a do caminho para a Cunheira existiu uma travessia mais antiga, no lugar do Sourinho, onde terá havido povoamento desde época romana até ao fim da Idade Moderna. Seria uma travessia mais simples, de que há registo de alguns alicerces.