José Caetano Coutinho Rebelo chegou a Gavião em 1887, com 29 anos de idade. Aqui casou com Maria Adriana Pequito Seixas Andrade, cujos pais eram proprietários do morgadio de Seixas, em Mação, e da Herdade do Vale da Vinha.
Para a esposa, construiu um mezzani no último andar da casa onde viviam - e que foi depois o seminário de Gavião - para que está pudesse de ali apreciar a sua terra natal, Mação.
O conselheiro Rebelo era formado em Direito pela Universidade de Coimbra e foi deputado mas cortes no final do regime monárquico e quando sopravam os ventos do liberalismo. De 1901 a 1909, foi presidente da Câmara Municipal de Gavião, tendo sido ele quem conseguiu que fosse construída a atual ponte sobre o Tejo. garantindo a ligação à linha ferroviária.
Pela sua mão nasceu a Casa Rebelo, uma casa com profunda influência também na vida da Comenda, através da Herdade do Polvorão, onde até existiu uma igreja.
A Casa Rebelo detinha mais de 60 por cento do território do atual concelho de Gavião e era o maior empregador do concelho.
No dia 2 de julho de 1911, José Caetano Rebelo foi assassinado a tiro, quando saía do Club do Gavião. Tinha 53 anos.
Está sepultado no cemitério do Monte Crasto, em Anadia.
O seu filho, José Adriano Pequito Rebelo, soube continuar a obra do pai e foi uma personalidade com destaque nacional na primeira metade do século XX na qualidade de jurista, agricultor, aviador, politico e escritor.
O nome de José Caetano Rebelo está consagrado na toponímia da vila de Gavião.
* Fonte: 'Seminário de Gavião", Florentino Beirão e João Lopes, RJV EDITORES, 2023.