Águas do Alto Alentejo tutelam 186 reservatórios de água elevados

 


Os reservatórios de água elevados são marcos de paisagem e assumem-se à distância como indicadores toponímicos, de norte a sul do país mas sobretudo abaixo do Tejo.

Na nossa região não há terra que não os tenha hoje já na qualidade de património local.

O reservatório de água da Comenda, que tem um marco geodésico no seu topo ( como costuma ser regra), é um dos que se encontram em melhor estado exterior, tendo sido intervencionado ao nível de pintura já no corrente século.


A água que aqui chega para abastecimento público em alta vem da barragem de Póvoa e Meadas e estas são as bombas que a elevam ao depósito que é casa também das cegonhas e das andorinhas. O ninho das cegonhas foi retirado quando se pintou o depósito e envolvia o próprio marco geodésico mas rapidamente as cegonhas fizeram um novo.

Menos sorte teve já este gigante depósito de uma aldeia do concelho de Tomar e, que por não estar em uso há muito tempo e se encontrar decrépito,  foi implodido pelos sapadores do Exército português há pouco mais de um ano.


A pedir pintura está, isso sim, o reservatório de Gavião. Não sabemos é se ainda está em uso, integrando o portefólio de 186 grandes reservatórios de água da empresa intermunicipal Águas do Alentejo, uma empresa que concentrou os serviços de abastecimento de águas e de saneamento de dez municípios do Alto Alentejo, com Portalegre, por exemplo, a ficar de fora.

Por quanto tempo teremos estes reservatórios de pé, não sabemos - o que sabemos é que estás construções dos anos 60 e 70 do século passado são já património das terras onde ficam, assinalando um abastecimento de água pública que a Gavião chegou na década de 30 do século XX e à Comenda só muito mais tarde.


Digam lá se este reservatório do Alvito não é arte?