Sempre que ia a Gavião via a placa a indicar Amieira Cova e ficava com vontade de ir até lá, passando sob a Nacional 118, na direção sul. São meia dúzia de quilómetros, vencendo algumas curvas por vezes apertadas e em estrada que vai estreitando (sobre na aldeia).
Tardou mas aconteceu numa tarde de chuva intensa. Não foi propriamente o melhor dia para ir até lá e prometo voltar.
No caminho deu para perceber o efeito de uma sorriba de eucaliptos, neste caso o resultado de um corte de uma plantação. Sobre os eucaliptos, por aqui tão abundantes, conta-se que o pioneiro da sua plantação em Portugal foi José Pequito Rebelo, na primeira metade do século XX, quando a plantação das chamadas austrálias entrou em Portugal em força.
"Amieira" é um toponónimo muito comum em Portugal e com origem na árvore com o mesmo nome e que foi profusamente plantada pelos Hospitalários (que tanto marcaram a história deste território) nos seus domínios. O que nos livra desde logo de efabulações toponímicas tão comuns em usuários de teclados.
Quanto à palavra "Cova", estamos também conversados, pois Amieira Cova desenvolve-se, sobretudo ao longo da rua que a atravessa, numa depressão encaixada nos montes. Quem lá chega desde Gavião ficava a perceber desde logo a origem do nome.
Nas páginas da freguesia a que pertence - Gavião e Atalaia - não se conseguiu colher mais informação e o mesmo resultou da consulta da página do município. É pena.
O senhor Google tem mais mas não muitas mais respostas. Por exemplo, diz-nos que é na Amieira Cova que está a herdade turística da Lampreia. Prometemos tentar saber mais.
Sem querer desinformar, iremos também tentar perceber se a Câmara tem em curso em Amieira Cova uma obra de reabilitação de um edifício que perdeu uso. Teremos ouvido algo do género numa reunião de Câmara mas para já por aqui ficamos.
De resto, há que voltar a Amieira Cova num dia mais radioso, para perceber um pouco da sua história. Desta vez a chuva não nos deixou apreciar devidamente Amieira Cova.