A Francesinha da minha terra

 


A Francesinha é declaradamente um prato do Porto pois ali foi criada, no restaurante A Regaleira, em plena baixa da cidade, por Daniel David Silva, um português que viveu em França e se inspirou no croque monsieur, basicamente uma tosta mista, para criar este petisco cujo segredo está na qualidade do recheio e sobretudo no molho à base de rabo de boi.

O ovo é uma modernice...

Está é a minha francesinha favorita, a da Marisqueira Majára, em Matosinhos, a minha terra. Aqui fica a sugestão.

Esta francesinha tem muito a ver com a origem, de que ascende por via direta. Desde logo, a original de Daniel Silva tinha uma versão normal, com carne assada e não bife e em pão bijou, e outra "à Leixões", coroada com um camarão e mais picante.

José Silva trabalhou com Daniel no Porto e quando se mudou para o café Mucaba, em Gaia, perto do tabuleiro superior da ponte Luiz I, levou a receita e o mesmo fez quando, em 1970, foi para o Majára. O velho Mucaba fechou há duas décadas e foi tão icónico que ainda hoje existe o Grupo de Amigos do Mucaba. A Regaleira, essa, reabriu recentemente.


O Majára oferece também uma variante de francesinha em forma de tapas. Isto tudo que vêem custa 20 euros.



Se quiserem rematar a refeição em beleza, têm outro clássico: o 1.° de Maio.

Não tentem saber onde se pode comer a melhor francesinha pois a concorrência é feroz e os gostos diversos. Eu cá continuo fiel à original, que reencontro sempre que regresso às origens.