DEGRACIA O cemitério particular que foi oferecido ao povo

 


Com a aproximação do dia dos defuntos, aqui deixamos a imagem de um cemitério aqui perto, na Degracia, que é diferente de quase todos os outros.

Está necrópole começou por ser o cemitério particular da família Rebelo, mas transformou-se também num cemitério público, ao serviço da população local, como ainda hoje acontece.


Entre as diversas personalidades ali sepultadas encontramos frei Domingos Frutuoso, antigo bispo de Portalegre, cujo corpo ali se encontra desde 1949. Também aqui foi sepultado o escritor José Hipólito Raposo, cunhado de José Adriano Pequito Rebelo (que faleceu em 1983 e se encontra sepultado na Anadia, terra de origem do ramo paterno da sua família).

O cemitério foi oferecido à Câmara Municipal de Gavião por José Pequito Rebelo pai (quando era presidente da Câmara), em 1920, conforme informa o padre Heitor Patrão, na sua monografia do concelho.


O mesmo autor conta que a notícia do primeiro cemitério de Gavião é de 1842, quando a Câmara foi autorizada a comprar um terreno junto à capela de Nossa Senhora dos Remédios, na vila. 

Em 1843, o concelho tem cemitérios na sede do concelho, em Margem, na Atalaia e na Comenda ( Vale do Grou).

Até meados do século XIX, os enterramentos eram feitos no interior das igrejas ou nos respectivos terrenos à sua volta, situação que mudou com novas medidas de saúde pública que deram origem, por exemplo, à revolta da Maria da Fonte, no Minho, pois muitos não acolhiam esta mudança de paradigma no que diz respeito aos locais de sepultamento.

Ainda no que toca ao cemitério da vila de Gavião, informa o padre Heitor que no final do século XIX a Câmara comprou o terreno onde se encontra o atual cemitério e que os novos cemitérios de Atalaia e Vale de Gaviões foram construídos em 1949.