Pequenas coisas que fazem a diferença na Comenda


Confesso que já começo a ficar aborrecido quando ouço muitos comendenses de longa data afirmar que por aqui pouco se faz pela terra.

Uma terra com quatro associações ativas, cada uma a fazer pela vida na sua área, da ADIC ao Orfeão da Comenda, sem esquecer o pioneirismo do Clube Castelanense na área das comunidades energéticas e o Clube de Caçadores.

É um facto que a Comenda merecia um investimento municipal mais a sério, sobretudo na dinamização de atividades, quase todas concentradas em Gavião, vá-se lá saber porquê.

Mas a verdade é temos por aqui quem se esforce a trabalhar para a comunidade.

É o caso da decoração das árvores do agora deserto largo a que muitos chamam A Praça. Por acaso a obra em primeiro plano é da minha mulher, Ana Basílio, mas este foi um contributo coletivo que também passou pela decoração das árvores do largo do Choupinho, o verdadeiro centro cívico da Comenda. Um contributo que passou muito pela disponibilidade da Elsa também.

Esta semana, era ali que estávamos quando chegou, de bicicleta, um casal holandês vindo de Salamanca e com destino a Nisa. Adivinham qual foi o primeiro elogio que fizeram? Precisamente, a linda de decoração das árvores.

ROSA CAPÃO COMENTOU:

Uma praça que podia contar mil e uma histórias onde não havia diferença entre os ricos e os pobres, cabia toda a gente..reinava a brincadeira das gerações mais novas, as conversas das gentes que trabalhavam arduamente, cuidavam dos filhos, e eram pessoas despidas de manias, de " caganças" enquanto distraiam um pouco sentadas às suas portas, ao serão, os putos brincavam uns com os outros, sem tecnologias, luz elétrica, nem luxos, será sim, sempre a nossa praça, onde nasci, com muito orgulho.

RICARDO BRANCO COMENTOU:

Já para não falar dos jogos infindáveis tradicionais, das comédias d'Arlinda, do mercado, dos ofícios, da camaradagem nas conversas, nos encontros entre amigos à hora certa (diurna e nocturna) e tanto mais...