Como todos sabem, "aterrei" aqui há dois anos e tenho um conhecimento superficial da história do nosso território.
Mas há uma história que um dia gostaria de contar com algum detalhe e que os vossos eventuais contributos podem ajudar a enriquecer.
É a história de Marinho, o Alves dos Reis que revolucionou o Vale da Feiteira, para onde veio viver por via do casamento com uma valefeiteirense.
Tudo aconteceu, ao que me dizem, ainda antes de abril de 74 e foi extraordinário.
Marinho era um tipógrafo de eleição e a isso se deveu o seu sucesso como falsificador de notas e de cautelas, entre outras coisas.
Quem o conheceu diz que patrocionou grandes festas e bailes no Vale da Feiteira e que se apresentava de fato branco, distribuindo notas que saíam dos seus bolsos.
Marinho tinha a sua tipografia algures no montado e fez fortuna. Mas não há crimes perfeitos e acabou por ser apanhado.
A GNR ainda andou à prócura da máquina de fazer dinheiro mas Marinho enterrou-a e gabava-se de ter visto os militares passearem por cima da mesma.
Acabou preso em Nisa mas vinha ao fim de semana a casa, conduzido no jipe da GNR.
Parece uma história inverosímil mas aconteceu mesmo e está no imaginário de quem conheceu o falsificador do Vale da Feiteira e ainda tem saudades das festas de arromba e da animação que este proporcionava.
Um marco, e não geodésico, como o da imagem, na história do nosso território. Porque a História não se escreve apenas com o lado legal da vida.
JORGE GRAÇA COMENTOU:
"Conheci o Marinho, um marialva sempre de fatinho branco, bom conversador que poisou no Vale da Feiteira até um dia, café cheio a GNR fez o cerco, soou o alarme e cada um fugiu por onde pode, por aqueles quintais fora. Não posso contar mais, como já disse à história estará aí em breve. O Marinho foi entalado por falsificar as cautelas dos jogos da Santa Casa da Misericórdia."