A imagem é de hoje e foi captada na rua Dr. Freitas Martins, mostrando o alinhamento das andorinhas no emaranhado de fios que tanto desfeia a nossa aldeia mas que continua por aí impunemente porque as companhias de televisão por cabo e de eletricidade neste país fazem o que querem. Bem, pelo menos vai dando jeito às andorinhas para prepararem mais uma migração para o Norte de África, em geral para além do deserto do Saara, para o chamado Sahel, essa região subasariana que tantos problemas sociais tem gerado (assunto que, pelo visto, não diz respeito a este género de ave de pequeno porte).
Depois de aqui terem chegado ainda em março, as nossas andorinhas alinham como normalmente para preparar o início da sua migração. Um longo voo, sobretudo diurno, e sempre em bando. Durante sensivelmente um mês, no dobrar do verão para o outono, elas partem, valendo-se de um sentido de orientação que obedece à posição do sol e se guia também pelo campo eletromagnético da Terra.
Na Europa só a Noruega não é visitada na primavera e no verão pelas andorinhas. Por cá, é sobretudo no centro e sul que as andorinhas ditas dos beirais escolhem habitat, fazendo os seus ninhos (que não podem ser retirados sem autorização do Instituto de Conservação da Natureza, fique-se a saber...).
Boa viagem, amigas. Esperamos por vocês depois do inverno que se aproxima.