À volta da Comenda ainda podemos ver algum olival. O tempo da colheita de azeitona não tarda e aqui fica a memória de Luís Guedelha de um tempo que já não volta.
"E assim me criei, a comer o bom azeite das oliveiras do ti Pão Mole e da ti Ana Brites.
Desde muito pequenino muita azeitona colhi e toda ela moída no lagar da aldeia, onde meu pai, o tal Pão Mole, muita vez trabalhou e a transformou em azeite
Hoje para mim comprar uma garrafa de azeite numa superfície comercial é um total castigo ... azeite como aquele das oliveiras da minha terra e passado plas mãos do meu pai... não há.
Dizem-me que sou esquisito,e eu respondo : Fui criado com o que era muito bom e não era só o azeite
Nem todos tiveram o privilégio de nos anos 60 nascerem numa Aldeia alentejana, eu tive e tive uma adolescência... do "catano", até andei aos ninhos."