Gavião tem 5,4 milhões para investir em habitação mas José Pio diz que não há muitas casas disponíveis


A Câmara Municipal de Gavião já tem em sua posse 5,4 milhões de euros para investir em habitação. A informação foi transmitida por José Pio na última assembleia municipal. Não será "tudo a fundo perdido".

Segundo o presidente da Câmara de Gavião, este dinheiro vindo do PRR destina-se não apenas a investimento autárquico mas também a particulares, como seja para a reabilitação ou requalificação de edificado.

Mas não se pense que qualquer pessoa pode reclamar estes fundos para construir uma casa ou fazer obras, sublinhou o autarca gavionense. Tudo terá de ser integrado, precisa José Pio, na "estratégia de habitação" já definida, ou seja, uma estratégia vocacionada para dar condições dignas de habitação a quem não as possui.

São 60 agregados familiares carenciadas identificados e abrangidas também por este programa nas quatro freguesias do concelho. Agora, a autarquia irá identificar casas para comprar e depois disponibilizar em moldes que ainda não precisou. "Mas sem ser casas da Avenida da Liberdade", avisa, depois de já ter sentido que o preço pedido por algumas habitações "tem sido uma coisa sem hipóteses nenhuma".

O mais recente empreendimento de Gavião, 'Os Calvários', na zona nascente da vila, tem um preço convidativo por metro quadrado e começa a estar ocupado por vivendas de estilo moderno, depois de consumadas as obras de infraestruturas

A Câmara vai reunir com os presidentes de junta para tentar perceber como pode atuar. Já com a certeza "de que não há muita habitação para venda no concelho de Gavião".

"Estamos numa fase embrionária mas tudo terá de ser feito até 2026", referiu ainda o presidente da Câmara de Gavião na última assembleia municipal.

No passado dia 17 de fevereiro, a secretária de Estado da Habitação, Fernanda Rodrigues, e a presidente do conselho diretivo do IHRU, Isabel Dias, estiveram em Gavião para a assinatura do acordo de cooperação com a Câmara que visa estratégias e apoios no âmbito do programa 1.º Direito, estratégias que possibilitam o acesso a condições de habitabilidade a famílias vulneráveis bem assim como a recuperação de património. A Câmara de Gavião só foi avisada de véspera da visita das responsáveis do governo central.