A ideia de que viver no interior implica ficarmos fora da possibilidade de ver o melhor cinema que é levado a ecrã é algo de perfeitamente exagerado.
Este sábado à noite, por exemplo, fomos até ao Cine Teatro de Nisa ver a última produção do enorme Spielberg, 'The Fabelmans', um filme ao que parece muito autobiográfico.
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Um filme de atores sobre a paixão das imagens em movimento e com o inesperado bónus de vermos David Lynch a interpretar John Ford, referência de Spielberg certamente e que nos deixou a lição da importância do horizonte alto e baixo - aliás, o filme termina com a câmara a ajustar o plano para horizonte alto.
Este é um filme também sobre a interpretação, com momentos que marcam bem a diferença entre o que é representação e interpretação.
Ou seja, temos aqui uma bela história, interpretações fantásticas - de que destaco também Judd Hirsch, no papel de tio Boris, sem esquecer a extraordinária revelação que é Gabriel LaBelle.
A sala estava longe de estar cheia mas não estava mal. O bilhete custou 4 euros e havia pipocas. Ah, logo que as luzes se apagaram o filme começou!