Eu sei que a RTP esteve em Gavião a promover o concelho - com a fatura sempre inerente ao que devia ser um serviço público mas não é - e que esta não é o melhor momento para estragar a festa. Mas a vida é mesmo assim. Segundo o Bloom Consulting Portugal City, que avalia os municípios portugueses em função de três indicadores (negócios, visitar e viver), o nosso município subiu 12 lugares em relação a 2019 mas ainda ocupa a 190.ª posição entre 308 municípios portugueses.
Entre os municípios alentejanos, Gavião é o 5.º pior, à frente de Cuba (292), Souseal (294)Alvito (301) e Barrancos (305). Não é animador mas regista-se a subida de 12 lugares, uma das maiores a nível nacional.
A título de curiosidade, Avis ocupa a 274.ª posição, Alter do Chão a 256, Castelo de Vide a 253, Mação a 252, Crato a 247, Nisa a 216 , Ponte de Sor a 111 e Portalegre a 88.
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É na categoria Viver que Gavião regista a melhor performance enquanto a pior, como seria de esperar, é na categoria negócios.
Os custos da interioridade são brutais e o 'inverno demográfico' não facilita o esforço da Câmara de Gavião para aumentar a atratividade de um concelho com grande potencial turístico mas ainda com falta de infraestruturas e sobretudo condenado a um orçamento municipal que num grande município serviria apenas para meia dúzia de ajustes diretos.
Os números estão aí para consulta e análise e não gostava de ir muito mais longe. Que sirvam sobretudo para dar força a todo um trabalho que torne o concelho de Gavião melhor e mais forte, sem perder a sua identidade e as suas singulares caraterísticas.