Antas que seja tarde, Gavião tem de apurar o seu património megalítico

 


Pelo que vou percebendo, a identificação de monumento megalíticos no concelho de Gavião é pouco menos que residual, embora aqui ao lado, em Nisa, estejam identificados vários sítios relativos a um período largo de ocupação humana durante o chamado período Neolítico, quando as populações dedicaram grande parte do seu esforço a erguer antas, menires e cromeleques, numa concentração particularmente expressiva em toda a região que hoje é o Alentejo.
Aqui perto, no concelho de Castelo de Vide, temos o maior menir sobrevivente, na Meada, um menir com 7,15 metros de comprimento que se encontrava fraturado em duas partes e que entretanto foi reconstituído.




No concelho de Gavão, o atlas do património da DCPC dá-nos conta de uma anta de corredor com sete esteiros e sem chapéu junto de um afloramento rochoso do Vale da Azenha. Para além de mais duas na freguesia de Belver, uma delas, no Penedo Gordo, completamente destruída para a construção de um palheiro, estando a outra, no Lameirão, ali perto, parcialmente destruída por trabalhos agrícolas.

Parece-me pouco tendo em conta os múltiplos exemplos de Nisa, onde no dia 23 de abril teremos oportunidade para fazer um roteiro muito interessante. Talvez um dia seja possível fazer o mesmo aqui por Gavião, caso se invista um pouco em trabalhos de prospeção arqueológica, antes que se faça tarda e tudo seja destruído por trabalhos agrícolas ou por instalações de energias renováveis...