O distrito de Portalegre é o distrito continental que menos deputados elege: apenas dois. Consequência do inverno demográfico que por aqui já caiu há algum tempo, fazendo da quebra populacional uma realidade preocupante. Diga-se que o PSD/PPD não roubou em Portalegre um deputado ao PS por apenas 203 votos.
O Partido Socialista foi o mais votado no distrito, com 47,21% dos votos, acima dos números nacionais deste partido (41,68%). Subiu em relação aos 44,60% de 2019, quando congregou 23.013 votos face aos 25.271 destas recentes eleições.
Na terceira união de freguesias mais populosa do pais, Mafamude e Vilar do Paraíso, em Vila Nova de Gaia, o PS garantiu 11.430 votos, ou seja, um pouco menos de metade que todo o distrito de Portalegre. E aí o PS ficou-se por uns 'modestos' 40,56% dos votos.
Em Gavião, o PS 'fez' 57,83%, um resultado excecional mas que representa apenas 1.130 votos. Foi claramente o melhor resultado do Partido Socialista em termos percentuais em todo o distrito.
[Belver, com 71,79% de votos no PS, destacou-se claramente na vitória socialista em Gavião, que viu a Comenda somar 57,25%, Margem 54,75% e Gavião e Atalaia 53,55]
O socialismo gavionense é um facto, acima de qualquer resultado distrital. Só o Crato (51,68%), Campo Maior (50,92%), Nisa (50,60%), Castelo de Vide (50,41%) e Ponte de Sor (50,15%) conseguiram para o PS mais de 50% por cento. O pior resultado deste partido no distrito aconteceu em Arronches (40,26%) e na capital de distrito o PS não foi além de 44,55%.
Talvez esteja na hora do Partido Socialista nacional premiar Gavião pela sua alta fidelidade. Por exemplo, colocando um par de empresas numa zona industrial sem uso. E sem esquecer que o CHEGA foi em Gavião também a terceira força partidária mais votada, embora apenas com mais dois votos que a CDU.