Orfeão da Comenda: 30 anos de história na voz de Manuel Morais

 


Quando aqui chegamos à Comenda, em outubro de 2021, desde logo o seu orfeão despertou a nossa atenção.

Na minha terra de sempre, Matosinhos, foi no Orfeão de Matosinhos que praticamente cresci. O meu avô Ferro - nascido em Leça da Palmeira de pai natural de Elvas (e com isto não estou a reclamar créditos, que fique bem claro, não vá despertar a sanha do iconoclastas - foi dirigente do Orfeão de Matosinhos e o meu pai também. A minha mãe Ilídia foi coralista. Aliás, só estou aqui porque os meus pais se conheceram sobre as tábuas do salão de baile do Orfeão de Matosinhos!


Cresci, como disse, no orfeão, integrei o coro (e assim conheci parte do país), ajudei a fundar aí um grupo de teatro de fantoches que participou em dois encontros nacionais (e do qual nasceu um ator profissional, o Rui Jorge Oliveira) e integrei a direção do centenário, comemorado em 2017 com vários eventos e a edição de um livro no qual participei na sua organização. Por tudo isto, é natural que um dos primeiros caminhos que tomei na Comenda foi o do seu orfeão. Eu e a a Ana Basílio, que até foi presidente do Orfeão de Matosinhos e nessa missão mostrou de que raça é feita.

Onde fui muito bem acolhido primeiro pelo Daniel Tomás e depois por todos os outros sócios. Já vi o Estrela da Planície três vezes e este sábado irei voltar a aplaudi-lo, agora no salão paroquial da Comenda, no I Concerto da Primavera. Hoje também sou sócio - com toda a humildade de quem ainda está a desfazer as malas na Comenda - e também me sinto feliz por ver o Estrela da Planície atingir os 30 anos de atividade, senhor de uma história que Manuel Morais - que veio de Lamego para a Comenda um dia e aqui criou fundas raízes - conta aqui em cima.

Parabéns, Orfeão da Comenda. Que essa estrela continue a brilhar na planície e na charneca pelo menos por mais 30 anos.